ECDN: João Pequeno e o pinheiro de natal
postado dia 5 de dez. de 2012 às 13:49 3 comment (s)
Olá, minhas nuvens de marshmallow! Espero que estejam todos bem, assim como eu... Que agora me tornei autora do blog My Wonderland, dêem uma passadinha lá de vez em quando. Emfim, hoje trouxe para vocês um dos meus contos de natal, hoje o conto se chama: "João Pequeno e o pinheiro de natal". Tenho certeza que vão amar! Já sabem onde clicar para continuar.
Naquela manhã, as ondas chegavam à praia, devagar, enrolando-se na areia como uma clave de sol no início de uma música, e depois seguiam as linhas da pauta saltitando entre notas de espuma. As gaivotas esvoaçavam ao sabor do vento que entoava, também ele, uma melodia harmoniosa.
João Pequeno, sonhador incorrigível, olhava o mar seguindo os movimentos do enrolar das ondas, imaginando-as a saltitar nas teclas de um piano numa melodia que desde sempre ouvia no seu imaginário. - J o ã o P e q u e n o … (chamava o eco), anda brincar! Entre risos e gargalhadas, salpicos de espuma e de água salgada, João Pequeno dançava ao sabor das ondas e daquela melodia que só ele ouvia!
As gaivotas estavam à espera para aplaudirem o espectáculo, mas João, acordara de repente com a mensagem que uma delas lhe trouxera.
Era quase Natal. O pinhal estava carregado de uma bruma cerrada onde a luz entrava com esforço por entre os ramos, era uma luz mágica que descia do céu, o sinal de que deveria ficar alerta. Neste dia, os homens costumavam arrancar os braços dos pinheiros; os eucaliptos bem tentavam segurá-los, mas os homens continuavam, levavam-nos para dentro de casa e enfeitavam-nos com bolas reluzentes e coloridas iluminadas pela luz de uma lareira acesa. Mas porque é que não trazem os enfeites cá para fora e enfeitam o pinhal? pensava João Pequeno, seria muito mais bonito e os pinheiros continuariam inteiros.
Numa réstia de esperança, mandou reunir todos os pássaros, queria que fossem mensageiros da sua ideia. Como um exército, os pássaros voaram pelas cidades e as gaivotas pelos mares transmitindo a mensagem, mas os homens não quiseram ouvi-la em nome de uma coisa chamada tradição.
Desanimado e sem forças para acudir àquela maldade, pediu ao céu que o ajudasse. Cansado, deixou-se dormir debaixo de um pinheiro a ouvir o mar, e quando acordou as estrelas tinham descido à terra e pousado no cimo dos pinheiros, e a lua tinha-se desfeito em lágrimas que caíram sobre as árvores como bolas de cristal. Era noite de Natal.
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